MVP, MVI, MLP, MMF, MMP, MVF, Release..

Tem sido comum ao longo dos últimos anos uma confusão sobre termos relacionados a como fatiar produtos e funcionalidades em entregas, validações, pilotos em ambientes controlados, pilotos em produção e outras abordagens. Em todas elas, as siglas abaixo geram confusão e certas vezes são utilizadas como sinônimos, embora tenham significados e propósitos distintos.

 

Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável)

– Valida hipótese a nível de Produto, é um experimento.
– Exerce e/ou demonstra a viabilidade de um produto em potencial
– Gera aprendizado e conhecimento
– Tende a ser desenvolvido mais rápido e mais barato
– Não necessariamente será o produto final (aka pode ser jogado fora!)
– O resultado (feedback, respostas dos usuários e etc) de um MVP pode invalidar o produto ou pivotar para um outro conjunto de funcionalidades
– Reduz o risco de entregar um produto que não será utilizado
– Não necessariamente é software. Não necessariamente envolve software.
– Factível de ser feito, agrega valor aos usuários e útil.
– Pode ser jogado fora ou pode ser utilizado como ponto de partida para um próximo incremento
– Visa ser resultado do menor esforço no menor período de tempo possível

Minimum Viable Investment (Investimento Mínimo Viável)

Vi este acrônimo pela primeira vez ao ler um post do Chris Matts (original em inglês, aqui). De forma sucinta, ele quer dizer que empresas estabelecidas, com clientes conhecidos e incrementos em produtos existentes não deveriam utilizar o termo MVP.

A abordagem do uso do MVI se trata de criar condições favoráveis (tranquilo, favorável) e instrumentar o produto para extrair métricas de uso (“a la google analytics” – métricas técnicas, funcionais e não funcionais e de negócio). O próximo passo é a tomada de decisão sobre o que investir apoiado pelas informações obtidas sobre o uso do produto. Estes investimentos são gradativos, incrementais e contínuos. Um dos objetivos é atingir um estado onde alterar a arquitetura da aplicação é um processo mais simples, conhecido e facilitado.

Minimum Loveable Product (Produto Mínimo Amável)

mlp

Versao inicial de um novo produto com o intuito de fazer com que os early adopters (primeiros usuarios do seu produto) se apaixonem pelo mesmo para que utilizem, promovam, contribuam e se engajem com o produto.

 

Minimum Markeatable Product (Produto Mínimo Vendável)

combiningmvpandmmp1

– Reduz o tempo de entrega
– Baseia-se no conceito de fazer mais com menos
– Atende as necessidades do usuário final, apresenta uma experiência de usuário satisfatória e pode ser divulgado e vendido
– Tem um público alvo bem definido, não visa a atender necessidades de diversas personas distintas
– Composto de um ou mais MVPs
– Podem passar por processos de certificação e validação
– Incluem atividades de marketing e propaganda para o lançamento do produto
– É o menor entregável que pode ser vendido

Minimum Viable Feature (Funcionalidade Mínima Viável)

mmf2
– Valida hipótese a nível de Funcionalidade
– Agregar valor ao usuário final e ao produto (ou futuro produto)
– Antecipar este valor, entregando partes de um grupo de funcionalidades ou
funcionalidade maior mais cedo
– Não aprofunda exclusivamente em uma única funcionalidade, limita-se ao imprescindível primeiro
– Facilita na hora de pivotar para outra funcionalidade reduzindo o potencial
desperdício
– Podem ser compostos por Histórias de Usuário (User Stories) e eventualmente
existir como uma abstração no processo de Discovery/Delivery.

 

Minimium Markeatable Feature (Funcionalidade Mínima Vendável)

mmf2
– Funcionalidade comprovada (ou no mínimo parcialmente comprovadas) a partir de
MMFs anteriores
– Pode ser visto como uma versão menor de um MVP
– Um grupo de MMFs podem ser um MVP

 

Release (Entrega)

frequencia do release
– Liberação de um software ou de um incremento de software em um ou mais ambientes (de produção ou não)
– Quanto mais frequentes, mais automatizados, menores e menor risco tendem a ser. Tendem a ter processos de garantia de qualidade automatizados para gerar confiança a cada mudança. Tendem a ter mecanismos de atender a requisitos e necessidades de auditoria e certificações relacionadas a gestão da mudança.
– Quanto mais infrequentes, maior é a necessidade de tornar mais frequente.
– Podem ter como objetivo a validação de alguma hipótese (neste caso, podem ser chamados de MVP)
– Podem servir como direcionador do roadmap de funcionalidades e/ou produto por meio de ferramentas de análise (analytics)

 

Outros links interessantes relacionados ao assunto (em inglês):

http://yuvalyeret.com/2012/12/30/explaining-mvps-mvfs-mmfs-via-the-leanagile-
requirements-dinosaur/
http://steveblank.com/2010/03/04/perfection-by-subtraction-the-minimum-
feature-set/
http://www.startuplessonslearned.com/2009/08/minimum-viable-product-guide.html

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