Visão 2030 e o futuro das organizações

Nesta semana, tive a oportunidade de participar de eventos com diferentes executivos falando sobre mercado, futuro e a necessidade das organizações repensarem seus modelos de negócio e se transformarem.

Um deles foi uma palestra de 40 minutos, com o VP da HP (Jon Brewster) que apresentou dados interessantes.

Alguns pontos que eu anotei:

– A introdução do conceito de “Gig career”, o profissional passa um tempo na empresa (ele falou em ciclos de 2 anos), aprende, compartilha, entrega e vai pra próxima.

– Falou sobre diversidade e a importância de termos uma força de trabalho com diferentes gêneros, interesses, conhecimentos, cultura e etc. Um dos dados que ele trouxe foi o fato de que 85% das vendas online são feitas por mulheres.

– Falou sobre as diferenças de consumo nos EUA e na China. Enquanto nos EUA tem se visto uma tendência de busca por low-cost, na China tem uma tendência de crescimento por produtos das melhores marcas (gourmet e prime).

– Falou sobre o número de dispositivos e os “Enchanted Objects”, tudo terá um IP (um exemplo que ele mostrou foi uma produtora de leite, onde cada vaca tinha monitoração via IP).

– Falou sobre a necessidade de repensar a Arquitetura das soluções e softwares que criamos dado que o PC deixou de ser o principal consumidor e a tendência é cada vez aumentar mais o número de diferentes dispositivos consumindo serviços/produtos/APIs.

–  Falou sobre a crescente de produtos com smart labels (compartilhando com os usuários características do produto. Ex: um suco, quando a fruta foi colhida, quando foi processada, e etc).

– Comentou que Login é uma coisa do passado. Os nossos produtos e serviços devem reconhecer os usuários de forma transparente.

– Ele comentou que prototipação é uma prática do passado. O futuro agora é colocar produtos e por meio de dados e Analytics tomar decisões de negócio.

[Um insight interessante é os potenciais ganhos de se tratar de forma distinta aquilo que é Analytics em produção de todos os usuários e comportamentos de usuários chave / personas do produto como um beta – “A/B Testing direcionados”].

– Falou sobre 3D printing, na HP eles estão provendo para os clientes um produto que imprime em nylon já nos clientes deles e eles tem projetos de pesquisa para imprimir peças/objetos com características configuráveis (densidade, cor, peso, material, e etc).

– Segundo ele, Machine Learning estará presente em tudo no futuro. Falou sobre as diferenças de Advanced Analytics (Data -> Processing -> Insight) e Machine Learning (Data -> Model -> Train -> Insight)

– Parafraseou o CEO da Nvidia que disse:

“Software is eating the world, AI will eat software”

– Jon comentou que não acredita que isso vá acontecer e se acontecer levará muito tempo.

– Falou sobre o futuro dos desenvolvedores, dizendo que nós precisamos da automação e da ajuda que AI e ML podem nos dar dado que temos muito a fazer. Ressaltou a importância de se manter atualizado com relação a ferramentas e tecnologias.

Ele terminou a apresentação, mostrando o video abaixo:

[Ele comentou que o video já está desatualizado, muita coisa da visão, hoje ja é realidade]

A minha singela conclusão, ou melhor, observação é de que muitas empresas tem visões convergentes com relação a Big Data, Inteligência Artificial (AI), Machine Learning, Customer Centric Design.. “Digital” é uma tendência, individualizar o provisionamento de serviços/produtos e se relacionar com os usuários e clientes de forma mais humana e personalizada é um desafio. Poucas empresas do mercado passaram deste desafio com sucesso. Muitas “fizeram um app”, mas não entenderam o conceito. É um mercado em ampla expansão com uma escassez de profissionais com experiência de mercado, então está chovendo “Transformation Coaches”, “Digital Leaders” e outros. Vamos ver os próximos capítulos..

 

Publicidade