Tem duas dinâmicas rápidas (em um universo de infinitas opções), que exigem pouca preparação e nenhum material. Ambas servem muito bem como quebra gelo para introduzir e efetuar dinâmicas de grupos ou comunicar mudanças que impactem na vida dos profissionais [lógico, idealmente sempre que houver estas mudanças, os impactados deveriam fazer parte da decisão. Infelizmente, nem sempre isto ocorre ou é possível].
Cruzar os braços
Peça para que os participantes cruzem os seus braços. Uma boa forma de explicar o que é cruzar os braços: é aquilo que você faz quando você está entediado. Após, eles devem olhar ao redor e observar os colegas. O facilitador pode fazer perguntas do tipo: “Vocês estão todos cruzando os braços da mesma forma?”.
Um segundo passo, é solicitar aos participantes para que eles cruzem os braços, da maneira contrária que eles fizeram inicialmente. Ou seja, quem deixou o braço direito em cima deve cruzar com o braço esquerda em cima.
A terceira etapa é pedir para os participantes cruzarem os braços da forma que acham mais confortável. O facilitador deve observar o grupo e fazer algumas perguntas, algumas opções são: “Quantos de vocês voltaram para a primeira forma que cruzaram o braço?”, “Tendo a opção de fazer as coisas da mesma maneira, será que nós tendemos a fazer as mesmas coisas do mesmo jeito?” [a resposta é sim, mas existe um valor de os participantes chegarem a esta conclusão sem que o facilitador informe aos participantes], “Existe jeito certo de cruzar os braços?!”, “Foi natural/fácil, cruzar os braços de outra forma?”, “Qual a diferença prática de cruzar de um ou outro jeito?” e outras que forem pertinentes ao contexto.
Por fim, utilizar a dinâmica como introdução/abertura para a próxima atividade ou reunião. Falar sobre mudança, resistência, hábito (Livro: Thinking fast and slow – Daniel Kahneman), proporcionar ao grupo uma reflexão sobre mudança e a necessidade de se adaptar cada vez mais e cada vez de formas mais rápidas.
Outras opções/alternativas:
Controle o tempo que leva para que todo o grupo cruze os braços de alguma forma, qualquer.
Controle o tempo que leva para que todo o grupo cruze os braços de maneira inversa [tende a levar mais tempo].
ABCedário e o OirádeCBA
O primeiro passo é explicar, que esta é uma dinâmica rápida, sem post-it (o fato de não ter caneta e post-it, pode ser uma boa forma de reduzir a resistência de alguns participantes, dependendo do contexto).
Dado o contexto, e um breve propósito, o facilitador deve pedir ao grupo que recite ao ABCedário. Existem diversas formas de executar esta dinâmica, compartilho duas delas: 1) Coral – Todos recitam o abcedário juntos; 2) Síncrona – cada participante, fala a letra da vez, até que todo o abecedário esteja finalizado.
A · B · C · D · E · F · G · H · I · J · K · L · M · N · O · P · Q · R · S · T · U · V · W · X · Y · Z.
Na segunda forma, pode ser relevante contabilizar o tempo que levará para completar o desafio. Facilita se na segunda forma, os participantes estiverem posicionados em círculo.
O desafio entra, quando se pede para que os participantes executarem a mesma ação, mas ao contrário.
Z · Y · X · W · V · U · T · S · R · Q · P · O · N · M · L · K · J · I · H · G · F · E · D · C · B · A.
Para o fechamento, o facilitador deve questionar os participantes. Como eles se sentiram, tendo dificuldades com algo simples? Qual o impacto de fazer uma pequena mudança em algo que estamos habituados a fazer? Será que nós não sabemos o abcedário ou não treinamos o caminho reverso?
Leia também sobre outras dinâmicas publicadas neste site:
Dinâmica: Conhecendo os membros do time
Dinâmica para identificar Valores da Equipe e dos seus respectivos membros
5 variações da dinâmica: Paulo Pontual
muito bom!
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