Uma das formas que tive bons resultados de acompanhar e priorizar a Dívida Técnica foi através da utilização de um Canvas físico para classificação dos itens identificados.
A cada item identificado, ele é analisado, entendido em alto nível e classificado com base em uma estimativa em alto nível de esforço comparativo para correção do item (eixo Y) e uma estimativa sobre o impacto do mesmo a equipe (eixo X). Cada eixo tem três níveis: baixo, médio e alto.
O significado de baixo, médio e alto se altera conforme o canvas for sendo populado. Por exemplo: o primeiro item encontrado pode ser de alto impacto e baixo esforço, mas quando aparece o segundo item, ele pode ter um impacto maior e um esforço ainda menor. Neste caso, ou eles tem granularidade semelhante e ambos serão colocados no “1” ou o primeiro item será movido para outro número e o segundo item ficará no “1”.
Além de ser possível utilizar esta ferramenta para classificação da Dívida Técnica, esta também é uma ferramenta que auxilia na priorização do que será planejado para ser resolvido. Provavelmente, a maioria dos itens classificados como 9, 8, 7 não devem ser os primeiros a serem corrigidos. Os itens classificados nos quadrantes vermelhos e laranjas podem servir de argumento e motivação para obter buy-in do negócio, atualizar uma versão de alguma dependência, efetuar provas de conceito para um framework diferenciado, remover alguma funcionalidade do software obsoleta e outros.
Outra boa referência (em inglês) e praticamente idêntica é uma que foi escrita por Nicholas Thorpe em 2012 (Making sense of tech debt fast), que cita como referência um blog post do meu ex-colega de ThoughtWorks Fabio Pereira.